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Como assim? Esse tanto de tempo esperando estrear a segunda temporada de Jessica Jones para não trazer uma história foda? Essa nova temporada tem muitos erros! Alguma coisa se perdeu no meio do caminho e precisamos alinhar alguns pontos importantes nessa segunda temporada da série original Netflix e Marvel.

Antes de qualquer coisa, este post tem spoilers suaves... Ou seja, nenhuma grande surpresa será revelada, então acredito que você pode conferir tranquilamente a crítica da segunda temporada de Jessica Jones, que está morna, mas nem por isso quer dizer que foi ruim.


Na primeira temporada da série, Jessica Jones achou que conseguiu superar o seu maior medo ao derrotar o Kilgrave, mas na verdade, mal sabia ela que os autores iriam colocá-la na segunda temporada para enfrentar medos que até então ela achava que estavam bem guardados na sua caixinha: problemas familiares e crises existenciais. E foi nessa onda de retirar Jessica Jones da zona de conforto que a Marvel acabou se perdendo um pouco na segunda temporada.

Para não falar somente coisas ruins da série, Jessica Jones voltou com o mesmo nível da temporada anterior. Temos ação na medida certa, bons diálogos e muitos estresses de Jessica Jones. Eu disse: muitos! E a gente tem que amar isso, já que a personagem é assim: prática, clara, curta, discreta e séria. A diferença de antes para agora é que o contexto geral desta temporada é colocar o expectador para conhecer melhor a personagem que nem se considera nem heroína, nem justiceira e muito menos uma assassina. E essa também é a principal crítica da segunda temporada: já tinha dado pra sacar como Jessica Jones é, não precisava frisar a temporada inteira somente nisto.


A segunda temporada de Jessica Jones mostra como a personagem deu continuidade a sua vida após matar Kilgrave e como ela passou a enfrentar os confrontos de pessoas comuns que a colocam como assassina, arma ou uma bomba a ponto de explodir e essas chateações acabam abalando o emocional dela que parte para a raiva ou fraqueza por meio de crises existenciais e falta do afago familiar. Nessa busca por respostas é que ela acaba se deparando com realidades bem diferentes do que ela podia imaginar.

Apesar de simples a história da Jessica Jones, a segunda temporada acaba sendo mal executada do início ao fim. Os primeiros episódios trazem um pouco de enrolação e a história começa a cansar por não acontecer algo de fato relevante e quando isso acontece, (que é no momento em que Jessica Jones revela a identidade de sua inimiga da vez e descobre que não era bem o que ela esperava) a série dá uma parada e se arrasta pela segunda vez até concluir posteriormente sem dar um ar de conclusão de fato, como aconteceu no final da temporada passada.

Durante esse tempo esperando uma nova temporada de Jessica Jones na Netflix, outros autores como os de novela brasileira conseguem criar histórias com muito mais episódios e núcleos bem melhor desenvolvidos e em menos tempo e uma grande produtora não consegue? A segunda temporada nem tem tantos efeitos especiais assim para dizer que a demora foi na edição. E por falar nisto...

A segunda temporada de Jessica Jones perdeu muitas chances de ter aumentado o nível na área da ação, isso é fato! Já que trouxe a cena outras pessoas que passaram pelas mãos da IGH, instituição que estava criando super humanos com poderes mutantes, poderia ter colocado Jessica Jones para enfrentá-los um a um até chegar ao vilão de verdade, que estava sob proteção de uma meta-humana mais forte que ela e por fim se deparar com a verdade sobre sua mãe. Mas não, a série tomou vários caminhos aleatórios. De um lado Malcon querendo ser detetive de verdade, Trish querendo ser heroína de verdade, mãe da Trish querendo ser mãe de verdade e Jessica Jones não querendo ser Jessica Jones de verdade? Não dá pra entender.

Jessica Jones veio cheio de erros na segunda temporada!

Nessa brincadeira de contar muitas histórias ao mesmo tempo, a advogada Hogarth é quem roubou a cena e brilhou com sua excelente trama, mostrando ser mais forte que Jessica Jones e encarando a suas condições desfavoráveis em uma superação inesperada. E fora da série, o DNA do polvo que caiu no gosto do público em geral que passou a pesquisar muito na internet sobre suas características especiais.


Apesar dos pesares, a segunda temporada de Jessica Jones está incrível e merece boa nota pela ótima atuação da atriz Krysten Ritter, que consegue encarnar a personagem principal e brilhar no papel e pela atuação de Carrie-Anne Moss como Hogarth, simplesmente impecável.

Vale a pena assistir Jessica Jones! Espera-se que a Netflix não demore tanto para lançar a terceira temporada e que eles venham tão fortes quanto a personagem.

Nota: 8,0

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