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Considerado o Oscar da TV brasileira, o Troféu Imprensa nos seus mais de 50 anos de história teve premiado muitos artistas, empresas e personalidades da TV, mas pouco recebeu o reconhecimento de melhor premiação da TV brasileira.

O Troféu Imprensa foi criado na década de 50 pelo jornalista Plácido Manaia Nunes (1934-2007). As primeiras transmissões do evento foram feitas pela TV Tupi, nos anos 1960. Na década de 1970, a atração passou a ser exibida dentro do Programa Silvio Santos, na Globo. Com a saída do animador da emissora, em 1976, a premiação deixou de ser realizada entre 1978 e 1980. Em 1981, foi mostrada pela Record, que tinha o animador como sócio. Por fim, desde 1982, foi ao ar pelo SBT.


Durante os anos 90, a premiação fez muito sucesso. Com o passar do tempo, foi perdendo esse respaldo e caindo na mesmice por conta de questões técnicas, de planejamento e por que não dizer 'feeling'. Uma das principais críticas de quem gosta deste tipo de premiação foi o fato de o Troféu Imprensa não ter o critério em suas categorias. Durante toda a história, algumas categorias criadas inicialmente e outras foram deixadas de lado.

Na edição de 1961, por exemplo, que premiou os melhores de 1960, foram votadas categorias como melhor orquestra, melhor garota-propaganda e melhor balé. Enquanto em 1977, teve eleição de mulher mais bonita da TV e destaque masculino do ano. Durante anos teve a categoria de melhor jurado e também teve a categoria de canal de TV do ano. (Retirado em 1980).


Entre 1986 e 1988, a categoria momento mais marcante escolheu cenas que ficaram guardadas na memória do telespectador, como a morte de Tancredo Neves (1985), a explosão do ônibus espacial Challenger (1986) e o acidente com vazamento de césio em Goiânia (1987).

Enfim, várias categorias tiveram vida curta na premiação: melhor comentarista econômico; melhor filme de longa-metragem; melhor desenho animado; melhor filme ou seriado; mulher mais elegante; artista mais querido da TV; artista mais simpático da TV; melhor programa sertanejo; melhor compositor, entre outras.

Assim como a criação e extinção de categorias na premiação, a falta de linearidade nas exibições e execuções também deixa a desejar. Em 2006, após um conflito nas agendas de Silvio Santos e dos jornalistas convidados para o júri, com algumas idas e vindas para a gravação do programa, que acabou cancelado, os melhores de 2005 não foram conhecidos.


A criação do Troféu Internet em 2001 foi outro ponto que deixa a desejar, por que ele concede o prêmio nas mesmas categorias só que avaliadas na opinião do internauta. Acaba sendo duas premiações diferentes. Conflitantes, por que não?

A única coisa que teve melhorado durante os anos para o Troféu Imprensa foi o design do palco que inevitavelmente teria que ir se modernizando com as tendências mais atuais. No mais, dá a sensação ainda de que tudo acontece do jeito que o tio Silvio quer e paga.

A última edição do Troféu Imprensa ocorrida neste domingo 22/maio foi a 58ª. Nela foram apresentadas 15 categorias e horas de Silvio Santos e seus convidados. Muitos que foram lá depois do contrato com a Globo, receber prêmios de anos anteriores e outros que a gente vê todos os anos e que são desnecessários - como é o caso dos jurados.


De fato, não há como não associar a imagem de Silvio Santos ao Troféu Imprensa. Mas ele poderia ser a melhor premiação da TV brasileira se tentassem restaurar o modelo de sucesso dos anos 90 ao cenário atual. Que ficaria bem próximo do que conhecemos nas premiações awards mundo a fora.

O rito da votação dos jurados poderia ser melhor aplicado se fosse em uma premiere para eleger os candidatos nas categorias e deixar a critério do público decidir por votação online.

Essas são apenas algumas ideias que poderiam ser aplicadas no Troféu Imprensa para dar a ele novamente o título de melhor premiação da TV brasileira.

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