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Vamos falar de filme bom... Se você não curte spoiler, veja o filmeantes deste post!


A Garota Dinamarquesa (The Danish Girl) é aquele tipo de filme que muitos dirão que só cinéfilos para ter paciência de assistir, mas na verdade não! A história do jovem pintor Einar, que se descobre em si o lado feminino e se transveste de mulher se apresentando como Lili, mostra de forma bem prática como aconteceu este drama.

O filme começa mostrando a relação de amor entre o casal de pintores Einar e Gerda Wegener.

A amizade entre o casal de pintores dá lugar a Gerda, mulher de Einer, a pedir que ele a ajude em suas pinturas, se vestindo de mulher...


E ele acaba gostando...


Einar e Gerda dão vida a personagem Lili e juntas elas se divertem com a experiência do jovem se vestir de mulher, principalmente por que muitos não notam a diferença. A personagem criada pelo casal, apresentada como prima de Einar também vira modelo para as pinturas de Gerda Wegener.


Henrik Sandahl é o único que percebe que Lili é Einar vestido de mulher e por isso, resolve se aproximar do jovem pintor e tenta conquistá-lo, mas é repreendido pela personagem, que logo começa a se deixar envolver por essa nova relação...


Lili começa a entrar num mar de confusões sobre sua personalidade, sem saber se deseja ser homem ou mulher, se gosta de homem ou de mulher e resolve procurar ajuda médica e psiquiátrica. Neste momento Einar passa a viver momentos de crise de identidade.


Então, o jovem Einar passa a se vestir somente como Lili e a mudança drástica começa a interferir na sua relação com a esposa Gerda.


Gerda procura ajuda de Hans, um melhor amigo de infância de Einer e conta sobre o marido.

Em meio às fraquezas da relação e ausência de uma figura masculina, ela se deixa levar por seus impulsos e tem um caso com o moço.


Todas as tentativas de Einar para encontrar uma resposta para seu "problema" são falhas, até encontrar um doutor que ofereça a ela a opção de mudança de sexo. Então ele viaja e faz uma cirurgia de remoção do órgão masculino e a cirurgia dá tudo certo. É aí que nasce Lili Elbe.


Lili então volta para Thomas para contar-lhe a novidade e aí descobre que ele é homossexual e que gosta de homens e não de mulheres. Neste momento, Lili é quase uma mulher e a relação dos dois não acontece e eles ficam somente na amizade.


Apesar da resistência à nova opção de Einer, a pintora Gerda apoia a mudança de sexo de Lili e a mesma realiza a cirurgia definitiva. Até os últimos dias da vida de Lili, a ilustradora esteve ao seu lado. Inclusive, no dia de sua morte.


Lili Elbe foi a primeira transexual registrada a passar por um procedimento de redesignação de gênero. Primeiro se submeteu a uma castração cirúrgica sob a supervisão de Magnus Hirchsfeld, o famoso médico alemão que fundou a primeira associação de defesa de homossexuais e transexuais, e depois passou por várias operações nas mãos de Kurt Warnekros, o cirurgião de Dresden a quem Elbe se referia como seu criador e salvador.

Em 1933, Warnekros planejava completar o processo implantando em Elbe um útero e criando uma vagina artificial, mas a artista (que já quase não era: Elbe pensava que a arte pertencia a Einar, a seu passado) não resistiu à cirurgia e morreu dias antes de completar 50 anos.

Apesar do fim trágico, o filme é leve, simples e delicado, como Lili. Suas nuances podem ser apreciadas por qualquer um que se interesse pelo caso da pintora de Lili Elbe e por entender o contexto histórico e social que envolve essa temática gay.

Nota: 8,7

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